domingo, 27 de julho de 2014

Definição de crônica e conto - 8º e 9º anos.


DEFINIÇÃO: CONTO E CRÔNICA

O que é Crônica:

Crônica é uma narrativa histórica que expõe os fatos seguindo uma ordem cronológica. A palavra crônica deriva do grego "chronos" que significa "tempo". Nos jornais e revistas, a crônica é uma narração curta escrita pelo mesmo autor e publicada em uma seção habitual do periódico, na qual são relatados fatos do cotidiano e outros assuntos relacionados a arte, esporte, ciência etc.

Os cronistas procuram descrever os eventos relatados na crônica de acordo com a sua própria visão crítica dos fatos, muitas vezes através de frases dirigidas ao leitor, como se estivesse estabelecendo um diálogo. Alguns tipos de crônicas são a jornalística, humorística, histórica, descritiva, narrativa, dissertativa, poética e lírica. Uma crônica relata acontecimentos de forma cronológica e várias obras da literatura são designadas com esse nome, como por exemplo: Crônica de um Amor Louco (de Charles Bukowski) e Crônica de uma Morte Anunciada (da autoria de Gabriel García Márquez).

A crônica argumentativa consiste em um tipo mais moderno de crônica, no qual o cronista expressa o seu ponto de vista em relação a uma problemática da sociedade. Neste caso específico, a ironia e o sarcasmo são frequentemente usados como instrumento para transmitir uma opinião e abordar um determinado assunto.

Na crônica humorística, o cronista escreve o texto apresentando uma visão irônica e bem humorada dos acontecimentos. Na literatura brasileira, escritores brasileiros que se destacam neste tipo de narrativa são Fernando Sabino, Luis Fernando Verissimo, Millôr Fernandes. Alguns outros famosos cronistas são Arnaldo Jabor, Martha Medeiros, Rubem Braga, entre outros.

No contexto de relação com o tempo, surgem as chamadas "doenças crônicas", um indicativo de que tais doenças podem acompanhar o indivíduo ao longo da sua vida.

Crônicas de Gelo e Fogo
As Crônicas de Gelo e Fogo (em inglês: A Song of Ice and Fire) é uma série de livros do gênero fantasia épica da autoria do escritor norte-americano George R. R. Martin. Os livros deram origem a um famoso seriado americano chamado A Guerra dos Tronos. Esta série é composta por sete livros, dos quais cinco já foram lançados. O autor prevê que o sexto será lançado em 2014.

1º - A Guerra dos Tronos;
2º - A Fúria dos Reis;
3º - A Tormenta das Espadas;
4º - Um Banquete para Corvos;
5º - Uma Dança Com Dragões;
6º - Os Ventos do Inferno;
7º - Um Sonho de Primavera.

Crônicas Saxônicas
Crônicas Saxônicas (em inglês: The Saxon Stories) é uma série de livros da autoria do escritor britânico Bernard Cornwell, famoso por ter escrito "As Aventuras de Sharpe", "As Crônicas de Artur" e "A Busca do Graal".

Seis livros pertencentes às Crônicas Saxônicas já foram lançados no Brasil: O Último Reino (2006), O Cavaleiro da Morte (2007), Os Senhores do Norte (2007) e A Canção da Espada (2008), Terra em Chamas (2010) e Morte dos Reis (2012).

As Crônicas de Nárnia
As Crônicas de Nárnia (The Chronicles of Narnia, no caso do título original em inglês), é uma série de sete livros de fantasia, escrita pelo autor britânico C. S. Lewis. Os livros abordam temas cristãos e  contém aventuras com elementos da mitologia grega e nórdica. Os três primeiros livros foram adaptados para o cinema.

Os sete livros da séries são os seguintes: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, Príncipe Caspian, A Viagem do Peregrino da Alvorada, A Cadeira de Prata, O Cavalo e seu Menino, O Sobrinho do Mago, A Última Batalha.

Crônica para ler e refletir:

Texto 1.
Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.
A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?... nem morta!


Texto 2.

O homem trocado


O homem acorda da anestesia e olha em volta. Ainda está na sala de
recuperação. Há uma enfermeira do seu lado. Ele pergunta se foi tudo bem.
- Tudo perfeito - diz a enfermeira, sorrindo.
- Eu estava com medo desta operação...
- Por quê? Não havia risco nenhum.
- Comigo, sempre há risco. Minha vida tem sido uma série de enganos...
E conta que os enganos começaram com seu nascimento. Houve uma troca
de bebês no berçário e ele foi criado até os dez anos por um casal de
orientais, que nunca entenderam o fato de terem um filho claro com olhos
redondos. Descoberto o erro, ele fora viver com seus verdadeiros pais. Ou
com sua verdadeira mãe, pois o pai abandonara a mulher depois que esta não
soubera explicar o nascimento de um bebê chinês.
- E o meu nome? Outro engano.
- Seu nome não é Lírio?
- Era para ser Lauro. Se enganaram no cartório e...
Os enganos se sucediam. Na escola, vivia recebendo castigo pelo que não
fazia. Fizera o vestibular com sucesso, mas não conseguira entrar na
universidade. O computador se enganara, seu nome não apareceu na lista.
- Há anos que a minha conta do telefone vem com cifras incríveis. No mês
passado tive que pagar mais de R$ 3 mil.
- O senhor não faz chamadas interurbanas?
- Eu não tenho telefone!
Conhecera sua mulher por engano. Ela o confundira com outro. Não foram
felizes.
- Por quê?
- Ela me enganava.
Fora preso por engano. Várias vezes. Recebia intimações para pagar dívidas
que não fazia. Até tivera uma breve, louca alegria, quando ouvira o médico
dizer:
- O senhor está desenganado.
Mas também fora um engano do médico. Não era tão grave assim. Uma
simples apendicite.
- Se você diz que a operação foi bem...
A enfermeira parou de sorrir.
- Apendicite? - perguntou, hesitante.
- É. A operação era para tirar o apêndice.
- Não era para trocar de sexo?


CONTOS:

Contos de fadas: características

• Problemática existencial: morte, vida, amor, envelhecimento, separação, sexualidade, dilemas edipianos, rivalidades fraternas, etc.

• Início feito para partir do aqui e do agora, mostrando que a história se passa longe do mundo real: “Era um vez...” “Há muitos e muitos anos...”

• Final feliz, pois após tanto sofrimento a criança precisa de alívio: “E viveram felizes para sempre...”

• Obstáculos a vencer: são uma forma de crescimento interior.

• Elementos de encantamento e dicotomia: bem versus mal.

• Narrativa: complexa, com a presença de muitos diálogos.

• Presença de um narrador: figura que detém todo o conhecimento e que é “dono da vida” dos personagens.

• Vocabulário rico.

• Acontecimentos: encadeiam-se não por laços lógicos, mas por laços afetivos.

• Presença de castelos (resquícios medievais) e bosques (onde o encantamento acontece).

• Presença marcante da natureza.

• Abordagens de relações: pai, mãe, madrasta, madrinha (conceito social de apadrinhamento).

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS


Alice era uma menina com muita imaginação.
Uma manhã em que estava a estudar no campo com a professora…adormeceu! Ela tinha o hábito de fechar os olhos…assim podia deixar vaguear a imaginação, liberta do controle dos mais velhos. E deixou-se levar…!
Acordou ao som de uma vozita! E viu um coelho muito estranho a correr.
- Espera-me, senhor Coelho! – Gritou muito animada.
E levantou-se.
Perseguiu a personagem, mas este era muito rápido e meteu-se num buraco muito fundo, desaparecendo.
Alice seguiu-o e caiu num poço sem fundo, mas não se magoou…! Até que chegou a um corredor mágico, onde viu entrar o coelho.
Para o seguir teve que beber uma poção e morder numa rolha…!
Diminuiu de tamanho, ficando pequenina!
Chegou então ao País das Maravilhas, onde dois irmãos se riram dela…!
Alice viu o coelho e entrou numa casa. Comeu um bombom que estava em cima da mesa…e cresceu. Cresceu tanto que “transbordou” da casa!
Para mais o coelho, em vez de ajudá-la, preferiu sair dali a correr.
Então Alice mordeu uma noz… e ficou pequena de novo!
Saiu dali apressada.
Encontrou o Gato dos Desejos, o qual a levou à festa mais esquisita que jamais tinha visto.
Lá chegados, uma lebre disse-lhe que estavam a celebrar uma festa de aniversário.
- Procuro um coelho branco! – Declarou Alice.
Indicaram-lhe um cruzamento de caminhos.
Alice escolheu um ao acaso.
Depois de muito caminhar, encontrou finalmente o coelho.
- Alto, menina. A Rainha está a chegar. Vai-te embora!
Alice não percebeu nada.
Viu uns valetes com pernas a pintar as rosas de vermelho.
E de repente chegou a Rainha. Quis jogar críquete com Alice, e foi um sarilho.
O gato fez cair a Rainha…!
Porém, ao levantar-se…ela gritou que lhe faltavam os brincos reais!
- Eu não os tirei, senhora! Disse Alice assustada.
- O meu carrasco vai-te cortar a cabeça -anunciou a Rainha.
- Levem-na para a cela! – Gritou furibunda.
Nesse momento Alice voltou ao mundo real…!
Tinha tido um pesadelo?
Olhando em volta descobriu o coelho branco junto a uma árvore florida.
O coelho afinal existia mesmo!

ATIVIDADES:

1) Aponte as diferenças entre conto e crônica.
2) quais os discursos que apareceram no conto em estudo? Retire as passagens que comprovem.
3) Transcreva o conceito de crônica.
4) Crie uma pequena crônica com base no texto: crônica para refletir.
5) Escreva um conto em que estejam presentes: fadas, magos, príncipe e princesa, rainha, bruxa e outros ingredientes fantástico - maravilhosos que você conheça.
6) Aponte o humor presente no texto: O homem trocado.

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