domingo, 25 de janeiro de 2015

Pessoal, algumas questões de prova CFO, quem quiser copiar e resolver, fique à vontade!

PORTUGUÊS

Texto:

Sobre política e jardinagem
Rubem Alves
           
            De todas as vocações, a política é a mais nobre. Vocação, do latim “vocare”, quer dizer “chamado”. Vocação é um chamado interior de amor: chamado de amor por um “fazer”. No lugar desse “fazer” o vocacionado quer “fazer amor” com o mundo. Psicologia de amante: faria, mesmo que não ganhasse nada.
            “Política” vem de “polis”, cidade. A cidade era, para os gregos, um espaço seguro, ordenado e manso, onde os homens podiam se dedicar à busca da felicidade. O político seria aquele que cuidaria desse espaço. A vocação política, assim, estaria a serviço da felicidade dos moradores da cidade.
            Talvez por terem sido nômades no deserto, os hebreus não sonhavam com cidades; sonhavam com jardins. Quem mora no deserto sonha com oásis. Deus não criou uma cidade. Ele criou um jardim. Se perguntássemos a um profeta hebreu “o que é política?”, ele nos responderia: “A arte da jardinagem aplicada às coisas públicas”.
            O político por vocação é um apaixonado pelo grande jardim para todos. Seu amor é tão grande que ele abre mão do pequeno jardim que ele poderia plantar para si mesmo. De que vale um pequeno jardim se a sua volta está o deserto? É preciso que o deserto inteiro se transforme em jardim.
            Amo a minha vocação, que é escrever. Literatura é uma vocação bela e fraca. O escritor tem amor, mas não tem poder. Mas o político tem. Um político por vocação é um poeta forte: ele tem o poder de transformar poemas sobre jardins em jardins de verdade.
            A vocação política é transformar sonhos em realidade. É uma vocação tão feliz que Platão sugeriu que os políticos não precisam possuir nada: bastar-lhes-ia o grande jardim para todos. Seria indigno que o jardineiro tivesse um espaço privilegiado, melhor e diferente do espaço ocupado por todos. Conheci e conheço muitos políticos por vocação. Sua vida foi e continua a ser um motivo de esperança.
            Vocação é diferente de profissão. Na vocação a pessoa encontra a felicidade na própria ação. Na profissão o prazer se encontra não na ação. O prazer está no ganho que dela se deriva. O homem movido pela vocação é um amante. Faz amor com a amada pela alegria de fazer amor. O profissional não ama a mulher. Ele ama o dinheiro que recebe dela. É um gigolô.
            Todas as vocações podem ser transformadas em profissões. O jardineiro por vocação ama o jardim de todos. O jardineiro por profissão usa o jardim de todos para construir seu jardim privado, ainda que, para que isso aconteça, ao seu redor aumentem o deserto e o sofrimento.
            Assim é a política. São muitos os políticos profissionais. Posso, então, enunciar minha segunda tese: de todas as profissões, a política é a mais vil. O que explica o desencanto total do povo em relação à política. Guimarães Rosa, questionado por Günter Lorenz se ele considerava político, respondeu: “Eu jamais poderia ser político com toda essa charlatanice da realidade. Ao contrário dos “legítimos” políticos, acredito no homem e lhe desejo um futuro. O político pensa apenas em minutos. Sou escritor e penso em eternidades. Eu penso na ressurreição do homem”.
            Quem pensa em minutos não tem paciência para plantar árvores. Uma árvore leva muitos anos para crescer. É mais lucrativo cortá-las.
            Nosso futuro depende dessa luta entre políticos por vocação e políticos por profissão. O triste é que muitos que sentem o chamado da política não têm coragem de atendê-lo, por medo da vergonha de ser confundidos com gigolôs e de ter de conviver com gigolôs.
            Escrevo para você, jovem, para seduzi-lo à vocação política. Talvez haja um jardineiro adormecido dentro de você. A escuta da vocação é difícil, porque ela é perturbada pela gritaria das escolhas esperadas, normais, medicina, engenharia, computação, direito, ciência. Todas elas são legítimas, se forem vocação. Mas todas elas são afunilantes: vão colocá-lo num pequeno canto do jardim, muito distante do lugar onde o destino do jardim é decidido. Não seria muito mais fascinante participar dos destinos do jardim?
            Acabamos de celebrar os 500 anos do Descobrimento do Brasil. Os descobridores, ao chegar, não encontraram um jardim. Encontraram uma selva. Selva não é jardim. Selvas são cruéis e insensíveis, indiferentes ao sofrimento e à morte. Uma selva é uma parte da natureza ainda não tocada pela mão do homem.
            Aquela selva poderia ter sido transformada num jardim. Não foi. Os que sobre ela agiram não eram jardineiros, mas lenhadores e madeireiros. Foi assim que a selva, que poderia ter se tornado jardim, para a felicidade de todos, foi sendo transformada em desertos salpicados de luxuriantes jardins privados onde poucos encontram vida e prazer.
            Há descobrimentos de origem. Mais belos são os descobrimentos de destinos. Talvez, então, se os políticos por vocação se apossarem do jardim, poderemos começar a traçar um novo destino. Então, em vez de desertos e jardins privados, teremos um grande jardim para todos, obra de homens que tiveram o amor e a paciência de plantar árvores em cuja sombra nunca se assentariam.

( Folha de São Paulo – 19 de maio de 2000 )


INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

1ª QUESTÃO: Marque a única opção em que a passagem do texto caracteriza o “político por vocação”, de acordo com a ótica de Rubem Alves:

A.         “(...) a pessoa encontra a felicidade na própria ação”.
B.         "O prazer está no ganho que dela se deriva”.
C.         “É um gigolô”.
D.        “Os que sobre ele agiram não eram jardineiros, mas lenhadores e madeireiros”.

2ª QUESTÃO: Leia atentamente a seguinte passagem do texto:

“ Há descobrimentos de origem. Mais belos são os descobrimentos de destinos.”

 Nas alternativas abaixo essa passagem foi reescrita de quatro formas diferentes.  Aponte a única opção que manteve o mesmo sentido produzido pelo autor do texto:

A.         Há descobrimentos de origem, logo mais belos são os descobrimentos de destinos.
B.         Há descobrimentos de origem, no entanto são mais belos os descobrimentos de destinos.
C.         Há tantos descobrimentos de origem que são mais belos os descobrimentos de destinos.
D.        Há descobrimentos de origem porque são mais belos os descobrimentos de destinos.

3ª QUESTÃO: Marque a opção em que a palavra destacada foi CORRETAMENTE interpretada por sua correspondente nos parênteses:

A.         “ (...) de todas as profissões, a política é a mais vil.” ( honrosa ).
B.         “ Eu jamais poderia ser político com toda essa charlatanice da realidade.”  (trapaça).
C.         “ A vocação política é transformar sonhos em realidade.” ( profissão ).
D.        “(...) por medo da vergonha de ser confundidos com gigolôs(...)”. (falsificadores ).

4ª QUESTÃO: Leia com atenção a “fala” de Guimarães Rosa citada por Rubem Alves no seu texto:
“Eu jamais poderia ser político com toda essa charlatanice da realidade. Ao contrário dos  “legítimos” políticos , acredito no homem e lhe desejo um futuro.”

O emprego das aspas feito pelo autor do texto na palavra destacada sugere unicamente:

A.         citação textual.
B.         diálogo.
C.         Ironia.
D.        denotação        .

5ª QUESTÃO: “CONOTAÇÃO é o sentido translato, ou subentendido, às vezes de teor subjetivo, que uma palavra ou expressão pode apresentar paralelamente à acepção em que é empregada.” Considerando esse conceito, assinale a única opção CORRETA quanto ao emprego conotativo na passagem do texto de Rubem Alves:

A.         “ Um político por vocação é um poeta forte: ele tem o poder de transformar poemas sobre jardins em jardins de verdade”.
B.         “ Se perguntássemos a um profeta hebreu “o que é política?” ,  ele nos responderia:”.
C.         “ Na profissão o prazer se encontra não na ação”.
D.        “ Vocação, do latim “vocare”, quer dizer “chamado”.

GRAMÁTICA

6ª QUESTÃO: Das alternativas abaixo, somente uma NÃO apresenta sujeito indeterminado. Identifique-a:

A.         Sucederam fatos muito curiosos ali.
B.         Estão pedindo socorro.
C.         Quebraram as vidraças e os vasos.
D.        Falou-se muito sobre o acontecimento.

7ª QUESTÃO: Assinale a alternativa em que há correlação entre os termos destacados:

A.         Eles falam baixo.
B.         O livro custou caro.
C.         Encontraram o refém morto.
D.        Nós vamos falar claro.

8ª QUESTÃO: O período que NÃO apresenta complemento nominal é:

A.         A credulidade da vítima era inabalável.
B.         Era-lhe difícil a solução do problema.
C.         Chegou cheio de problemas.
D.        Não se discuta a execução da ordem.

9ª QUESTÃO: Qual das formas verbais abaixo NÃO apresenta vogal temática:

A.         sonhastes.
B.         cantaremos.
C.         venderia.
D.        partamos.

10ª QUESTÃO: Levando em consideração seus conhecimentos sobre a origem da Língua Portuguesa, assinale a alternativa CORRETA:

A.         O latim vulgar foi a base de formação das línguas românicas. O português é, portanto, uma das transformações dessa modalidade do latim.
B.         Latim vulgar e baixo latim são expressões diferentes que designam a mesma  realidade lingüística.
C.         A variante lingüística denominada latim vulgar identifica-se com o que hoje conhecemos como língua popular.
D.        Em se tratando do Latim, todas as manifestações escritas são consideradas línguas literárias.

LITERATURA   - 11ª QUESTÃO: Assinale a alternativa CORRETA:

A.         Escola literária e estilo literário são, de acordo com a ciência da Literatura, conceitos diferentes.
B.         Escolas literárias são apenas as escolas em que estudam os literatos.
C.         Estilos literários são os estilos dos textos da literatura brasileira unicamente.
D.        Escolas literárias ou estilos literários são o conjunto da literatura de um povo num determinado período de tempo.

12ª QUESTÃO: A opção que registra a seqüência CORRETA das escolas literárias citadas abaixo, considerando sua ocorrência temporal, é:

A.         Medievalismo – Realismo – Classicismo.
B.         Trovadorismo – Barroco – Humanismo.
C.         Medievalismo – Humanismo – Barroco.
D.        Trovadorismo – Realismo – Barroco.

13ª QUESTÃO: A opção CORRETA, considerando seus conhecimentos sobre as noções preliminares de Literatura, é:

A.         Toda poesia revela sentimentos amorosos.
B.         O texto em prosa é formado por versos.
C.         O eu-lírico de um texto pode ser masculino ou feminino.
D.        O poema nunca apresenta versos.

14ª QUESTÃO:

Aponte a alternativa que exemplifica esse recurso:
A.         O senhor é um monstro estranho.
B.         A natureza parece estar chorando.
C.         Já te pedi isso mil vezes.
D.        Não quebre o pé-da-mesa.


15ª QUESTÃO: Assinale a opção CORRETA para a afirmação abaixo:

O poema “Os Lusíadas” pertence ao gênero:
A.         Épico, porque exalta os feitos gloriosos de um povo.
B.         Lírico, porque a função poética da linguagem está ligada à emotiva.
C.         Lírico, porque exalta o sentimento amoroso entre homem e mulher.
D.        Dramático, porque é um texto criado para ser representado.

16ª QUESTÃO: Entende-se por Literatura Informativa no Brasil:

A.         O conjunto de relatos de viajantes e missionários europeus, sobre a natureza e o homem brasileiro.
B.         A história dos jesuítas que aqui estiveram no século XVI.
C.         Os poemas do Padre José de Anchieta.
D.        As obras escritas com a finalidade de catequese do indígena.

17ª QUESTÃO:

Dentre os itens abaixo, assinale aquele que NÃO caracteriza o movimento em que se fundamentou o Barroco:

A.         Pessimismo reinante entre os portugueses, decorrente do domínio espanhol.
B.         Término do ciclo das Grandes Navegações.
C.         Aumento da influência da burguesia, graças ao desenvolvimento do capitalismo mercantilista.
D.        Visão de mundo centrada unicamente no ser humano.

18ª QUESTÃO: O homem de todas as épocas se preocupa com a natureza. Cada período literário a vê de modo particular. No Romantismo, a natureza aparece como:

A.         Um cenário sem importância nenhuma; é apenas pano de fundo para as emoções humanas.
B.         Confidente do poeta, que compartilha seus sentimentos com a paisagem; a natureza se modifica de acordo com o estado emocional do poeta.
C.         Um cenário estático, indiferente; só o homem se projeta em busca de sua realização.
D.        Objeto cientificamente estudado pelo homem; a natureza é mais importante que o elemento humano.
           
19ª QUESTÃO: “Começavam a fazer as compras na venda; ensarilhavam-se discussões e rezingas; ouviam-se gargalhadas e pragas; já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra.”

O texto acima, insistindo nos aspectos biológicos dos fatos, mostra ser de autor:

A.         Romântico.
B.         Realista.
C.         Naturalista.
D.        Modernista.

20ª QUESTÃO: Seu regionalismo abarca Minas Gerais, Goiás e ainda uma parte do território baiano. Os “campos gerais” são focalizados de uma forma épica e geral, e seu romance Grande Sertão: Veredas funde o local com o universal. Trata-se de:

A.         José Lins do Rego.
B.         João Guimarães Rosa.
C.         Graciliano Ramos.
D.        Érico Veríssimo.

INGLÊS

HOW TO GET FIT

            We a all need exercise. This is as true for young people in their teens as it is for adults from 20 to 80. Regular exercise temporarily tires the body but then actually gives you more energy. This is why many people who suffer from general tiredness can benefit from taking more exercise rather than more rest (as long as there are no medical reasons for their fatigue ).
6          In the past, most people used to get enough exercise in their working lives to stay reasonably fit. But nowadays nearly everyone – especially those who sit down most of the day – should make a conscious effort to set time aside for regular exercise. If you are over 40, or if you have recently had a serious illness, it is a good idea to visit your doctor before starting a regular exercise routine.
11        The important thing is to know what kind of exercise is suitable for you. It is best to start with mild exercise and to build up gradually.
            Here are some useful general rules:
Exercise until you are pleasantly tired. Don’t exercise until you become exhausted. This can do you more harm than good if you aren’t used to regular and prolonged exercise. In other words, “Train, don’t strain!".
17        Exercise until you have a feeling of  mild breathlessness. But don’t exercise until you are so breathless that you cannot even talk.
            Take short exercise periods of 15-20 minutes. Four or five times a week should be enough.
            The best time for exercise is usually in the earlier part of the day. In the evening it may be better to relax.
23        Unless you are very fit, you should not try to lift very heavy weights. Your muscles should be able to move freely. The best all-round exercise involves repeated, easy movements: walking, jogging, swimming and cycling are all good examples. Also, exercises such as bending and stretching which help you to move freely and easily are much better than exercises which only make you strong, such as push-ups and weight-lifting.
29        You should soon begin to fell the results of regular exercise and will enjoy these benefits.
            Improved physical and mental energy at work or at school.
            Improved sleep and easier relaxation.
            Improved physical appearance – a trimmer, better figure.
            Less risk from illness and disease as you get older.


TEXT COMPREHENSION

21ª QUESTÃO -  The expression USED TO on line 6 has the meaning of:

A.         to be accustomed.
B.         second hand.
C.         every month.
D.        to do something more than once.

22ª QUESTÃO - According to the text, we should take exercise:

A.         once a week .
B.         every day .
C.         almost every day.
D.        twice a week.

23ª QUESTÃO - According to the text, how long should you go exercising?

A.         exercise until you are agreeable tired.
B.         exercise until you are strong breathlessness.
C.         exercise lifting heavy weights.
D.        exercise for a long period few times in a week .

GRAMMAR

24ª QUESTÃO - On line 29 , the modal verb SHOULD means:
A.         order.
B.         advice.
C.         obligation.
D.        invitation.

25ª QUESTÃO - Put the sentence below into indirect speech.
SHE SAID, “I FEEL WELL TODAY”.
A.         she said that she felt well that day.
B.         she said that she was well today.
C.         she said that she feel well that day.
D.        she said that she was not well today.

26ª QUESTÃO - Which of the following answers below complete the passage: BELO HORIZONTE IS VERY BEAUTIFUL; IN MY POINT OF VIEW IT IS ----------------------------------- CITY IN BRAZILl.

A.         the most interesting .
B.         the cheaper .
C.         more interesting.
D.        most interesting.

27ª QUESTÃO - What is the plural form of the words below?
CAR; LUGGAGE; MOUSE; CHILD

A.         cars; luggage; mice; children.
B.         cars; luggages; mouses; childs.
C.         cars; luggage; mouses; children.
D.        car; luggage; mice; children.

28ª QUESTÃO - Choose the right complements to fulfil the blanks of: "PHILIP IS STRONGER -------------- A LION, -------- AS STUBBORN AS A MULE".

A.         as – as.
B.         than – except.
C.         than – but.
D.        then – so.

29ª QUESTÃO - The sentence below has grammar mistakes; choose from letter A to D the sentence which corrects it.
       “ I GO BACK HOME BECAUSE I HAVE FORGOT MY KEYS”.

A.         I went back home because I had forgotten my keys.
B.         I had gone back home because I had forgotten my keys.
C.         I have gone back home because I had forgotten my keys.
D.        I had gone back home because I forgot my keys.


30ª QUESTÃO - Which one of the words below complete the sentence? “WE WENT ON A GUIDED ----- OF THE CITY”.
A.         tour.
B.         flight.
C.         ride.
D.        drive.

DIÁLOGO DE FESTAS
Stanislaw Ponte Preta

            Iam os dois sentados no banco da frente. O ônibus era desses que levam oitocentos em pé e duzentos sentados. Mas ia meio vazio, naquela hora da madrugada. Pelo tempo que eu fiquei parado, junto ao poste, esperando-o, aquele devia ser o último ônibus do ano. Mas isto não importa. O que me interessava – pelo menos naquele momento – era a conversa dos dois, no banco da frente. Um era magrelinho, desses curvadinhos para frente, vergado ao peso da vida. O outro parecia mais velho, mas era espigadinho. O cabelo ralo, mais grisalho do que o do companheiro.
            No momento, quem falava era o espigadinho:  - Eu não cheguei a ver castanha, a não ser em vitrina, é lógico.
            - Eu vi! – disse o vergado. – Eu tenho um vizinho...o Alcides, você conhece. Aquele que a filha fugiu com um sargento da Aeronáutica!
            - Ainda está com ele?
            - As castanhas?
            - Não. O sargento da Aeronáutica inda tá com a filha dele?
            - Não. Com ela está o filho que ele fez. Mas eu dizia: o Alcides comprou castanhas com o 13o . Ele trabalha numa firma que paga certo.
            - Estrangeira?
            - Deve de ser. O Alcides me mandou seis castanhas.
            - Você que é feliz!
            - Feliz nada. Tive que dar pra outro. Tenho sete filhos, seis castanhas ia causar problema.
            O ônibus recebeu mais uns três ou quatro passageiros, que foram sentar lá na frente. A conversa entre os dois continuou. Ainda desta vez, quem falou primeiro foi o espigadinho:
            - A mulher do patrão me deu uma camisa.
            - Tava boa?
            - Tava larga.
            - Eu ganhei um sapato, por causa do serviço que eu fiz pra Dona Flora.
            - Tava bão?
            - Tava apertado.
            O curvado jogou o toco de cigarro pela janela e deu um suspiro. O companheiro sorriu: - A gente devia fazer faxina pra dona que tem marido do nosso tamanho, assim o que a gente ganhasse delas no Natal pelo menos cabia na gente.
            - Ganhar coisa larga é melhor que apertada.
            - Ah é!! Largo é melhor que apertado!
            Ficaram calados, ruminando esta verdade natalina durante algum tempo. Depois um deles – já não me lembro qual dos dois – ponderou:
            - Diz que este ano o comércio levou uma fubecada.
            - Conversa. Tinha mais gente nas lojas que no ano passado. Eles sempre se queixa.
            - Ué! Pra mim tanto faz. Quem não ganha já perdeu. Eu num tenho pra dar, também não posso ganhar.
            Era um raciocínio honesto, cheio de experiência. Tanto que o outro balançou a cabeça, concordando. Mas advertiu o companheiro de que não podia se queixar do Natal. Afinal, ganhara uma cesta de festas.
            - Todo ano eu consigo uma. Minha mulher gosta muito dessas cestas de Natal, pra guardar a roupa limpa e fazer a entrega pra freguesia. É fácil da gente arrumar essas cestas. Eles ganham elas cheias de garrafas e latas de conserva. Depois de esvaziar até gostam quando a gente leva a cesta vazia pra nós.
            O curvado pelo peso da vida ficou olhando pela janela e argumentou:
            - Natal é bom por causa dessas novidades. Sempre sobra uma coisinha.
            - Eu dei a cesta pra minha mulher. E tu? Que é que deu pra tua?
            - Dei o sapato. Tava apertado ni mim, mas ela corta atrás e faz chinela.
            Um deles fez sinal para o ônibus parar: - Eu salto aqui.
            Deu um tapinha nas costas do outro e disse com a maior sinceridade, sem o mínimo laivo de ironia:
            - Um feliz 1968 para você!
- Obrigado. Para você também!

INTERPRETAÇÃO

1ª QUESTÃO – A expressão “vergado ao peso da vida”, usada por Stanislaw para caracterizar um dos interlocutores, quer referir-se:

A.         às contínuas dificuldades da sobrevivência.
B.         à idade avançada.
C.         a uma possível deficiência orgânica.
D.        à tristeza por sua condição social.

2ª QUESTÃO – Conselho pragmático:

A.         Entrar na loja para saber o preço dos produtos.
B.         Aproveitar tocos de cigarro.
C.         Fazer faxina pra mulher de marido do nosso tamanho.
D.        Trabalhar em firma estrangeira.



3ª QUESTÃO – “Eu num tenho pra dar, também não posso ganhar.”:

A.         Revolta.
B.         Ironia.
C.         Conformismo.
D.        Desespero.

4ª QUESTÃO – Aproveitar  com criatividade velhas sobras é outro expediente de sobrevivência. Exemplo disso no texto:

A.         as castanhas.
B.         ônibus meio vazio.
C.         latas de conserva.
D.        sapato apertado.

5ª QUESTÃO – “Conversa. Tinha mais gente nas lojas que no ano passado.”
A palavra conversa, de valor interjetivo, corresponde a:

A.         Bobagem.
B.         Tomara.
C.         Pudera.
D.        De fato.

LÍNGUA PORTUGUESA

6ª QUESTÃO – Ocorre verbo de ligação em:

A.         Acabei de chegar.
B.         O sonho acabou.
C.         Todos acabaram exaustos.
D.        Acabe com isso!

7ª QUESTÃO – “Há dias eu o vi passar.”

Os sujeitos dos verbos sublinhados classificam-se como:

A.         Inexistente, determinado.
B.         Indeterminado, determinado.
C.         Inexistente, inexistente.
D.        Inexistente, indeterminado.


8ª QUESTÃO – Indique a alternativa correta no que se refere ao sujeito da oração: “Da chaminé da usina subiam para o céu nuvens de fumaça.”:

A.         Simples, tendo por núcleo “chaminé”.
B.         Composto, tendo por núcleo “nuvens de fumaça”.
C.         Simples, tendo por núcleo “nuvens”.
D.        Simples, tendo por núcleo “usina”.

9ª QUESTÃO – Nos trechos:

“E fui eu que o descobri”.
“Veja, murmurava o mineiro...”
“Vou-lhe mostrar...”

            as palavras sublinhadas têm, respectivamente, funções de:

A.         Objeto direto, objeto direto, objeto direto.
B.         Objeto direto, adjunto adnominal, objeto indireto.
C.         Adjunto adnominal, adjunto adnominal, adjunto adverbial.
D.        Adjunto adnominal, adjunto adnominal, objeto direto.

10ª QUESTÃO – No período:
“E há poetas míopes que pensam que é o arrebol”, a partícula “que” introduz respectivamente, orações:
A.         subordinada adjetiva restritiva e subordinada substantiva objetiva direta.
B.         subordinada substantiva completiva nominal e subordinada substantiva objetiva direta.
C.         subordinada substantiva objetiva direta e subordinada substantiva predicativa.
D.        subordinada adjetiva restritiva e subordinada adjetiva explicativa.

11ª QUESTÃO – No período:

“Ainda que fosse bom jogador, não ganharia a partida.”, a oração sublinhada encerra a idéia de:

A.         Causa.
B.         Fim.
C.         Concessão.
D.        Proporção.

12ª QUESTÃO – Em “Fariscavam o cheiro enjoativo de melado que lhes exarcebava os estômagos jejunos.”, a palavra que é:

A.         pronome relativo com função sintática de sujeito.
B.         conjunção integrante sem função sintática.
C.         pronome relativo com função sintática de objeto direto.
D.        conjunção integrante com função sintática de objeto direto.

13ª QUESTÃO – Assinale a frase que contém pronome indefinido.
A.         Qual a idade deste país?
B.         Naquilo em que se erra, também se corrige.
C.         Quem levantará o gládio da decisão?
D.        Certo candidato prometeu, na campanha eleitoral, resgatar a honestidade pública.

14ª QUESTÃO – Em que frase bastante é pronome?
A.         Há bastante tempo que lhe peço tal favor;
B.         Os conselhos não foram bastantes para criarem juízo;
C.         Trabalha-se bastante nesta repartição;
D.        São bastante inteligentes, estes alunos de hoje.

15ª QUESTÃO – Assinale a alternativa em que não deve haver o sinal de crase.
A.         O sonho do marinheiro é voltar a Terra.
B.         O astronauta ansiava por tornar a Terra.
C.         As vezes, não sabemos como agir.
D.        Alegro-me a medida que me realizo.

LITERATURA

16ª QUESTÃO – Sobre Machado de Assis, podemos dizer que a única afirmação correta é:
A.         Exaltou a paisagem brasileira.
B.         Mostra confiança e otimismo em relação aos valores do homem.
C.         Analisa profundamente o comportamento humano.
D.        Mostra um grande sentimento religioso.


17ª QUESTÃO – Marque a única alternativa incorreta sobre o Realismo:
A.         O Realismo está ligado ao Capitalismo pela preocupação social.
B.         O Realismo está ligado ao Determinismo pela linguagem clara e objetiva.
C.         O Realismo está ligado ao Universalismo pela explicação científica.
D.        O termo Realismo não foi usado primeiro para a literatura, mas, foi ligado primeiramente à pintura.

18ª QUESTÃO – Observe as seguintes características:

-           regionalismo que transpõe os limites do geográfico para universalizar-se;
-           flora e fauna apresentadas de maneira magistral e, às vezes, personificadas;
-           vocabulário rico e variado, com palavras clássicas, regionais, arcaicas, criadas e com estrangeirismo;
-           sintaxe original;
-           o sertão inteiro nas suas tradições, lendas, coragem, lutas, traições.
Tais são as características de obra ímpar de literatura brasileira. Seu autor:

A.         Jorge Amado.
B.         Guimarães Rosa.
C.         Graciliano Ramos.
D.        Cassiano Ricardo.


19ª QUESTÃO – Pode-se dizer que :

Marque a alternativa correta.

A.         A Semana da Arte Moderna foi o ponto de encontro de modernistas que vinham se manifestando isoladamente antes de 1922.
B.         As primeiras manifestações modernistas no Brasil começaram a aparecer a partir da  Semana de Arte Moderna.
C.         O Modernismo no Brasil continua as experiências literárias do simbolismo.
D.        O Modernismo no Brasil reage às manifestações literárias do simbolismo.

20ª QUESTÃO –  Marque  a alternativa correta:

A renovação das formas, a liberdade de expressão e a tentativa de incorporar à literatura nossas coisas mais típicas – como peculiaridades regionais e termos indígenas –são marcas freqüentes no:

A.         Barroco.
B.         Pré-modernismo.
C.         Romantismo.
D.        Realismo.

INGLÊS

“NOTHING SHORT OF A MIRACLE”
WTC survivor relates story of his ‘guardian angel’

                        New York City Fire Captain Jay Jonas of Ladder Company 6 was caught in the World Trade Center during its fiery explosion and lived to tell about it – thanks to an “angel named Josephine.”
                        “I will never forget that terrible sound,” said Jonas, referring to the implosion as the first tower collapsed.
                        He and five fellow firefighters from Ladder 6, along with four emergency rescue workers, were moving briskly down a stairwell when they encountered Josephine Harris. Because Harris could not keep pace, the men slowed down a bit. A few more flights would bring them to the main entrance.
                        But when the building came down around them, killing everyone in the lobby, the group was caught on the stairs between the second and fourth floors.
                        “That’s what saved our lives,” Jonas said. In stopping to save Josephine, they were saved as well.
                        A 22-year member career firefighter with the New York City Fire Department, Captain Jonas is also a 12-year member of Minisink Hook & Ladder Co. in Goshen.
                        Jonas was promoted to Batallion Chief after the terrorist attack, meaning he would have to trade in his black fireman’s hat for a white one.
                        Josephine, who slowed the firemen down enough to save their lives, “will always be our guardian angel,” said the new batallion chief. “It’s been an unbelievable three weeks, and there’s a lot more pain ahead,” said Jonas. “But we just have to keep moving forward. God bless you.”
                                                                      
The Photo News Newspaper
page 25
October 5, 2001

21ª QUESTÃO – According to the text, we can conclude that Josephine will always be Jonas’ guardian angel because:

A.         she slowed the fireman down enough to save his life.
B.         she bought Jonas’ new batallion hat.
C.         Harris could not kill everyone in the lobby.                                                   
D.        of the explosion of the World Trade Center.

22ª QUESTÃO –  “A few more flights “ ( line 9 ), means:
A.         Aircrafts making  a journey.
B.         Series of stairs between two floors.
C.         Struggles against somebody using physical force.
D.        Survivors of the attack.


23ª QUESTÃO – “That’s what saved our lives” ( line 12), refers to:
A.         Jonas was promoted to Batallion Chief.
B.         In stopping to save Josephine they were saved.                                            
C.         They will never forget that terrible sound.
D.        They were killing everyone in the lobby.


24ª QUESTÃO – “Because Harris could not keep pace” (line 8), means:
A.         hold one’s peace.
B.         live in peace.                                                                                                  
C.         move forward, develop or increase at the same rate.
D.        pack something away.

25ª QUESTÃO – Choose the correct alternative: “Our company’s new automatic machines can adjust _______________ to a variety of pressures and temperatures.”
A.         myself.
B.         ourselves.                                                                                                   
C.         itself.
D.        themselves.

26ª QUESTÃO – “The policewoman told me the fireman had died in the night.” This could expressed in a different way as:
A.         I was told he had died in the night.                                                                 
B.         He would have died in the night, if she had told me.
C.         She had told me he would die in the night.
D.        In the night, he had died, I was told.

27ª QUESTÃO – My brother lived on________ thirtieth floor of ________ old building on ________ river Thames. He was very much afraid of __________ thieves and always locked  ________ house  carefully before going to bed.

A.         an, the, no article, the, the.
B.         the, an, the, the, no article.
C.         the, an, no article, the, no article.                                                                     
D.        the, an, the, no article, the.

28ª QUESTÃO – Choose the correct answer to fill the blanks.
I-          The Everest is _________________ mountain in the world.
II-         The United States’ cost line is not _______________as that of Brazil.
III-         Which disease is _______________ , cancer or aids?
IV-        We live in the ______________ country of the world.
V-         Before the test, Fred was _______________ Jim.

A.         the higher – more beautiful – worst – better – more nervous.
B.         highest – so beautiful – worst – good – nervouser.
C.         the highest – as beautiful – worse – best – as nervous as.
D.        the most high – as beautiful – the baddest – goodest – most nervous.

29ª QUESTÃO – Choose the correct alternative:  A tornado destroyed the whole village yesterday.

A.         The whole village was destroyed by a tornado yesterday.
B.         The whole village had been destroyed by a tornado the day before.
C.         The whole village had destroyed by a tornado the day before.
D.        The whole village was destroyed by a tornado the day before.

30ª QUESTÃO – You mustn’t smoke inside shops.

A.         Prohibition.
B.         Permission.
C.         Possibility.
D.        Obligation.                                                                                                          


Texto:  LÍNGUA PORTUGUESA

Alguns furibundos senhores, vez por outra, aparecem na imprensa, em cruzada de resgate da Língua Portuguesa no Brasil que, segundo eles, estaria sendo tragada pelo Inglês. E citam como exemplo palavras da informática, como on line, delete, ou nomes  de estabelecimentos comerciais (um dia fui à Churrascaria Spettu’s e, como precisava entrevistar o dono, perguntei pelo Senhor Spettu. (Eles acharam graça). Eventos como Rock in Rio, termos do cotidiano de empresas, como stand-by, turnover and so one.
Mas não é aí que se esconde o perigo. No mais popular dos esportes, por exemplo, ninguém chegou ao cúmulo do ludopédio; embora tenha ficado futebol, o soccer não ameaça nossa defesa. Mesmo porque Barbosa e Oberdan eram goalkeepers e hoje Tafarel é goleiro; Ademir era centerforward; hoje só existe centroavante e o juiz não é mais o referee. Como se vê, onde somos melhores, nos impomos.

QUE LÍNGUA É ESSA?
     
Quem está atacando a Língua não são os anglófilos. Há uma quinta-coluna aqui dentro mesmo para enfraquecer a última flor do Lácio, inculta e bela. Como línguas são seres vivos, que crescem e se transformam, elas precisam estar em constante enriquecimento. A Língua Portuguesa no Brasil, por causa dessa quinta-coluna, está se empobrecendo. E não é apenas o caso de chamar cada coisa de coisa, e não pelo seu nome apropriado, como sugeria Carlos Lacerda. Nem parar de dizer para apenas falar. É ficar com um vocabulário tão pobre, que se repetem apenas os chavões da moda, para significar tudo. E se repetem, paradoxalmente, para se posar como intelectual - o que Freud ainda no Kindergarten de Viena já explicaria.
Fico me perguntando, por exemplo, de onde é que as pessoas tiraram a moda do colocar, que serve para tudo. Até galinha já está colocando ovo. Quando alguém, numa reunião, pede licença para fazer uma colocação, fico com vontade de remetê-la ao banheiro mais próximo, para que possa colocar. Nos palácios de Brasília, passam o dia fazendo colocações. O pior é que nas escolas e faculdades também. Esse abominável colocar socorre a pobreza vocabular dos que não sabem dizer, nem pôr, nem botar, nem expor, nem explicar, nem ponderar.
Depois do reinado do a nível de,  que hoje já provoca sorrisos pelo seu ridículo, veio o enquanto. Quando uma militante grita, no microfone, “eu, enquanto mulher”, a imagino prestes a uma cirurgia para mudança de sexo. Pior ainda é “o brasileiro, enquanto povo”. Alguém quer traduzir essa língua para mim?
Depois que alguém importou das aulas de Matemática o em função de, repórteres de rádio acharam bonito e aboliram o singelo por causa de.  Cada vez que ouço que alguém morreu em função de uma bala perdida, lembro do meu professor de Matemática, demonstrando um teorema. Coitado do por causa de!
Por ser simples e claro, ainda passou a ser atacado pelo por conta de. Abro o jornal e leio que um senador teve intoxicação por conta de um jantar de que participou. Deve ser por pãodurismo. Se é por conta é porque ele pagou o jantar a contragosto. Alguém, nas faculdades de jornalismo, por favor, quer ressuscitar as regrinhas básicas da clareza e da simplicidade na escrita? Nessas faculdades, por certo ainda se aprende que as notícias mais quentes são de fatos que acontecem. Ou seja, o que é imprevisto, surpreendente, fortuito. Uma reunião que está marcada, não acontece.  Ela se realiza. A reunião acontece só quando as pessoas se encontraram por acaso e improvisaram uma reunião. E no fim dessas mal traçadas, quero lembrar do mais novo modismo: final, esse adjetivo que começou a ser usado como substantivo. Em vez de fim-de-semana, virou final-de-semana. Se existe final-de-semana, queiram, por favor, chamar segunda-feira de inicial-de-semana. Mas se segunda-feira é início de semana, então apaguem o final, em homenagem aos próprios neurônios. Se existe um final de filme, tem que haver um inicial, não é mesmo? Mas se houver começo, então tem que haver um fim. Essa história de colocar em lugar de pôr e final no lugar de fim, deve ser lobby de fábricas de papel e tinta gráfica. Enfim, resta uma esperança: a pobreza não criativa dos modismos e chavões é passageira. Ninguém mais tem coragem, hoje, de cometer um inserido no contexto. Isso posto, que tenhamos todos um ótimo começo de ano.  Alexandre Garcia – Revista Classe    TAM – 06/96.                 

1ª  QUESTÃO – Qual questão o jornalista discute no artigo?
A. (   )   A Língua Portuguesa e seus defeitos.
B. (   )   A Língua Portuguesa e seus ajustes.
C. (   )   O empobrecimento da Língua Portuguesa.
D. (   ) A Língua Portuguesa e seus idealismos.

2ª  QUESTÃO – Qual é o ponto de vista do autor diante o tema desenvolvido?

A. (   )   Ele acredita que não são os estrangeirismos responsáveis pela deformação do português, mas o uso inadequado que da língua fazem os brasileiros nos diversos níveis.
B. (   )   Ele acredita que não são os estrangeirismos os responsáveis pela deformação do português embora os brasileiros façam o uso inadequado nos diversos níveis.
C. (   )   Ele acredita que não são só os estrangeirismos os  responsáveis pela deformação do português, entretanto os brasileiros fazem o uso inadequado nos diversos níveis.
D. (   ) Não são só os estrangeirismos, no entanto os brasileiros fazem o uso inadequado nos diversos níveis.

3ª  QUESTÃO – Abaixo colocamos alguns chavões da moda citados pelo autor. Marque a única alternativa em que os significados atribuídos a eles estão INCORRETOS:
A. (   )   Colocar: dizer, pôr, botar, expor, explicar, ponderar.
B. (   )   Enquanto: porque, na condição de.
C. (   )   Em função de: por causa de, porque.
D. (   ) Por conta de: movido a .  


4ª  QUESTÃO – Marque a alternativa que determina a que “regrinha básica de clareza e simplicidade” o autor se refere ao citar os exemplos do artigo.
A. (   )   À propriedade e adequação no uso dos vocábulos.
B. (   )   À capacidade no uso dos vocábulos.
C. (   )   À habilidade no uso dos vocábulos.
D. (   ) À abstinência no uso dos vocábulos.

5ª  QUESTÃO – Como o autor do artigo enfoca a questão do anglicismo? Marque a alternativa CORRETA.
A. (   )   O que vem prejudicando a integridade da língua é o uso inadequado que se faz do Inglês.
B. (   )   O que vem prejudicando a integridade da língua é o uso prepotente do Inglês.
C. (   )   Para o autor,  o que vem prejudicando a integridade da língua é o uso inadequado que se faz do próprio Português.
D. (   ) O que vem prejudicando a integridade da língua é o uso desenfreado do Inglês e do Português.

GRAMÁTICA

6ª  QUESTÃO – NÃO há a devida correlação temporal das formas verbais em:
A. (   )   seria conveniente que a população soubesse quem era o candidato.
B. (   )   é conveniente que o eleitor ficaria sem saber quem é o candidato.
C. (   )   era conveniente que o eleitor ficasse sem saber quem foi o candidato.
D. (   ) será conveniente que o eleitor fique sem saber quem é o candidato.

7ª  QUESTÃO – Qual o valor do futuro do pretérito na frase seguinte: “Quando chegamos ao bairro, em 1950, a cidade teria apenas poucos habitantes.”?
A. (   )   Fato futuro, anterior a outro futuro.
B. (   )   Suposição, relativamente a um momento do futuro.
C. (   )   Configuração de um fato passado.
D. (   ) Suposição, relativamente a um momento passado.

8ª  QUESTÃO – Assinale a única frase em que há erro no que diz respeito ao gênero das palavras:

A. (   )   ele foi apontado como a cabeça do motim.
B. (   )   gerente deverá depor como testemunha única do crime.
C. (   )   a personagem principal do acontecimento é o meu vizinho.
D. (   ) telefonema deixou perplexa a anfitriã.

9ª  QUESTÃO – Assinale a alternativa em que o termo cego (s) é um adjetivo:

A. (   )   os cegos sempre sabem aonde ir.
B. (   )   cego da esquina sabe contar muitas estórias.
C. (   )   todos os cálculos do cego se perdiam com o álcool.
D. (   ) a terra parecia um globo cego girando no caos.

10ª  QUESTÃO –  .................... o chefe estar, há muito tempo longe do escritório, o funcionário não sente sua falta,...................se  rodeia de amigos, ....................comemorar a liberdade.

De acordo com a coerência na indicação das circunstâncias, assinalar a alternativa que preenche adequadamente as lacunas:
A. (   )   em razão de; à proporção que; para.
B. (   )   apesar de; já que; a fim de.
C. (   )   na hipótese de; desde que; por.
D. (   ) não obstante; quando; sem.

11ª  QUESTÃO – Só em um caso a oração é sem sujeito. Assinale-o .
A. (   )   Faltavam dez dias para o encontro.
B. (   )   Só me aguarda um paciente.
C. (   )   Havia bastante tempo para as discussões.
D. (   ) Houve por improcedente a reclamação do funcionário.

12ª  QUESTÃO – Em qual das alternativas o uso do cujos (s) não está de acordo com a norma culta?
A. (   )   Conheci uma pessoa cujos filhos são jogadores de futebol.
B. (   )   Bom é o livro cujas páginas há lições de civilidade.
C. (   )   Eis a pessoa cujo valor exaltamos.
D. (   ) Há coisas de cuja veracidade duvidamos.

13ª  QUESTÃO – Das alternativas abaixo, apenas em uma não se considera um fato natural as plantas murcharem, por receberem muita água. Assinale-a:
 A. (   ) Embora as plantas tivessem sido muito molhadas, murcharam.
B. (   )   Como as plantas foram muito molhadas, murcharam.
C. (   )   Desde que as plantas sejam muito molhadas, murcham.
D. (   ) As plantas foram muito molhadas, de modo que murcharam.

14ª  QUESTÃO – No período abaixo, complete as lacunas com as formas verbais CORRETAS:

“Suponho que ................meios para que se ............as coisas de modo mais simples”.
A. (   )   devem haver, realize.
B. (   )   devem haver, realizem.
C. (   )   deve haver, realizem.
D. (   ) deve haver, realize.


15ª  QUESTÃO – Assinale a frase que contém um erro de classificação na figura de linguagem.

A. (   )   O céu se tornou roxo e a cidade agonizou. – prosopopéia.
B. (   )   Peço-lhe mil desculpas pelo fato. - metáfora.
C. (   )   Toda a vida se tece de mortes. - antítese.
D. (   ) Entregou a alma a Deus. - eufemismo.

LITERATURA  BRASILEIRA

16ª  QUESTÃO – Marque a alternativa que completa a afirmação:

“Quando já se esgotava o ímpeto maior do ............................, surgiu no Brasil a estética simbolista, vinda da França, onde se originara em 1.886”.

A. (   )   Romancismo.
B. (   )   Modernismo.
C. (   )   Arcadismo.
D. (   ) Naturalismo.

17ª  QUESTÃO – Marque a alternativa CORRETA: A literatura informativa pertence a ficção?
A. (   )   Não, porque não é produto da imaginação do artista.
B. (   )   Não, porque encontramos o produto da imaginação do artista.
C. (   )   Sim, porque encontramos a imaginação do artista.
D. (   ) Sim, encontramos nuances da imaginação do artista.

18ª  QUESTÃO – Marque a única alternativa CORRETA: Característica do estilo barroco presente na poesia religiosa.
A. (   )   É o homem percebendo o homem santo.
B. (   )   É o divino prejudicando o homem.
C. (   )   É a fusão entre o humano e o divino.
D. (   ) É o homem renegando o próprio homem como divino.

19ª  QUESTÃO – Como aparece o amor na poesia lírica de Camões?
A. (   )   Entidade abstrata.
B. (   )   Completo.
C. (   )   Estruturado.
D. (   ) Entidade falida.

20ª  QUESTÃO – São características do Classicismo, EXCETO:
A. (   )   subjetivismo racional.
B. (   )   fontes: antigos gregos e romanos.
C. (   )   prisão às regras.
D. (   ) a arte é a expressão da realidade circunstante, idealizada.    


INGLÊS

The Ideal Job

     Believe it or not, some people get paid – and well – for doing the things that make them happy. Here are a few people who have found the job of their dreams.
“I know all about job-hunting.” – Betsy
     A few years ago, I lost my job as a manager in a factory. I was so unhappy. I was thirty-eight years old, out of work for the 100th time, and without much hope. Then, one day I was thinking about the question, “What do I do best?” and the answer came to me. I had been out of work many times, so I knew every manual about how to find a job or change a career. I must have been to over 100 interviews in my life, made 1,000 phone calls asking for jobs, and sent out a résumé to almost 2,000 companies. When I looked at my skills, I saw that my best skills were job-hunting skills! So I started my own company, Career Consulting. It’s a business that helps people find jobs. I hired two people to work with me. The three of us work together on everything, but I’m the boss. It’s great. I love the work, and I make a lot of money!
“I have the funnest job in the world.” – Amanda
     I have been a matchmaker for forty-one years. Because of me, sixty couples are now happily married or engaged. I’m a good matchmaker. I have a very good eye for people. And I don’t mean I match people on how they look. I mean I can meet a person just once for ten minutes, and I know for sure what kind of person he or she is. I get a feeling. And this feeling tells me, “Oh, he would be a great husband for Stephanie,” or “Ah, now here is the woman for Timothy.” I can’t imagine a job that’s more fun. I meet wonderful people. I work for myself. Nobody tells me what to do. I make enough money to live a simple life.
And I get so much joy from seeing what happens to my matches. A month ago a couple stopped by on their way home from the hospital with their new baby girl. I’m so happy to think that I helped make that family!
“I have a job with an incredible view.” – Donna
     Teaching skydiving is so exciting. I love seeing students on their first jump. They are all nervous and excited. When they get to the ground, they can’t wait to call everyone they know and tell them they just jumped out of an airplane. Later, when they learn to turn and fly forward, they realize that they’re not just a flying stone. They realize that they’re like a bird – they can fly!
It wasn’t easy to get this job. I had to have about 1,000 jumps and about two years of training. And the salary was only $ 15,000 for the first year. But I don’t do it for the money. In fact, I don’t need to get paid at all. I love it that much!

Adapted from “From Sky Diving Instructors to Fashion Consultants, Some Folks Just Love Their Jobs” by Dave Curtin, Knight-Ridder/Tribune News Service, 11 March 1996, p.311k619.

21ª  QUESTÃO – According to the text:

A. (   )   some people get paid for doing things that don’t make them happy.
B. (   )   some people don’t get paid for doing things that make them happy.
C. (   )   some people get paid for doing things that make them happy. 
D. (   ) some people get paid for doing everything that makes them happy.

22ª  QUESTÃO – It’s true to say about Amanda in her deal with matchmaking:
A. (   )   forty-one couples are now engaged or married.
B. (   )   sixty couples are now engaged or married.                  
C. (   )   she’s been matchmaker for sixty years.
D. (   ) people think she is a good matchmaker.

23ª  QUESTÃO – Amanda says that her job is the funnest because:
A. (   )   she meets wonderful people and knows for sure who she or he is.
B. (   )   she meets wonderful people, work for herself and has a very good eye for them.
C. (   )   she meets wonderful people, work for herself and everybody tells her what to do.
D. (   ) she meets wonderful people, work for herself and nobody tells her what to do.

24ª  QUESTÃO – “I make enough money to live a simple life” can be replaced by:

A. (   )   I earn much money to live richly.
B. (   )   I earn sufficient money to live without economic problems.      
C. (   )   I gain money to do whatever I want.
D. (   ) I gain money to do only my expenses.

25ª  QUESTÃO – Donna’s job has an incredible view because:
A. (   )   skydiving is exciting.
B. (   )   students jump for the first time.
C. (   )   they jump by an airplane.                     
D. (   ) they always get on the ground.

26ª  QUESTÃO – Walk! ___________ run!
A. (   )   You don’t.
B. (   )   Don’t.          
C. (   )   Not.
D. (   ) No.

27ª  QUESTÃO – I failed the test. I ________________ studied harder.
A. (   )   must have.
B. (   )   should.
C. (   )   should have.          
D. (   ) may.

28ª  QUESTÃO – Our team didn’t play ________________ I expected. I was disappointed.
A. (   )   well.
B. (   )   as well as.
C. (   )   better.
D. (   ) as badly as.

29ª  QUESTÃO – Annie, ___________ I met at the party, called me last night.

A. (   )   that.
B. (   )   which.
C. (   )   whose.
D. (   ) who.

30ª  QUESTÃO – “Please don’t leave your boots in the hall”.

        My mother is always telling me ______________________ boots in the hall.

A. (   )   to not leave my.
B. (   )   not to leave your.
C. (   )   not to leave my.               
D. (   ) don’t leave my.


ROVA DO CONCURSO AO CFO PM - 2005 FL. 1/23
LÍNGUA PORTUGUESA
VIOLÊNCIA, TV E CRIANÇA: O COMEÇO DE UMA NOVA ERA. SERÁ?
Artur da Távola
Muita gente culpa os meios de comunicação por disseminar e incentivar, através de programas e notícias, a violência do mundo. A tevê então é a principal acusada deste malefício à sociedade.  Acontece que os meios de comunicação são considerados, por estas mesmas pessoas, como causa de alguma coisa e não reflexo e causa ao mesmo tempo, num processo interativo, como pessoalmente creio ocorrer. Quer dizer: a tevê não é a causa das coisas, das transformações, dos fatos. Não.
Ela é o veículo. É o meio pelo qual as coisas, as transformações e os fatos chegam aos indivíduos. Pois bem, é neste ponto que três temas passam a ser profundamente entrelaçados e discutidos, adquirindo a maior importância em qualquer sociedade - criança - violência e televisão. As crianças, estas estão aí. No Brasil, sessenta por cento da população têm menos de vinte anos de idade, o que desde logo dá a devida magnitude do problema. A violência também está aí mesmo. Com uma diferença: ao longo da história do mundo ela sempre esteve presente. Só que lá longe.
Agora, graças ao meios de comunicação são as pessoas, em suas casas, as que estão presentes a ela. As gerações anteriores, para saber das guerras, ou as viam “idealizadas”, glamourizadas e heroicizadas no cinema, ou liam a respeito nos livros de história. Hoje, ninguém idealiza nada. Vê. Vê, via satélite. Não houve falar dos horrores. Participa deles. Por outro lado, a violência aumenta em proporções assustadoras, tanto no resto do mundo como aqui bem perto, em cada esquina.
Pergunto eu: será só o incentivo à violência o resultado único desse processo de informação em escala mundial?
É preciso lembrar, por exemplo, que muito da campanha de opinião pública contra a guerra do Vietnã nos Estados Unidos deveu-se à cobertura instantânea da televisão. Nada é estático. O que divulga provoca também resistências. Hoje as pessoas deixaram de ter a violência como algo sempre distante, algo que “só acontece com os outros”.
 Todos estão ameaçados nesta bolota azul em que vivemos. Logo, repudiar a violência é tarefa comum.
Não é verdade, igualmente, que os meios de comunicação só disseminem a violência. Quem acompanha a boa-fé, assiste ao alerta diário destes meios contra todas as formas de violência e as ameaças de destruição tanto da Terra como da espécie, no caso de persistirem as ameaças nucleares e as afrontas ecológicas. Ninguém agüenta as tensões prolongadas. A humanidade está podendo se ver a cada dia. Está podendo julgar e avaliar a que leva os seus desvarios. Está se conhecendo em seus máximos e em seus mínimos, em suas grandezas e em suas patologias, como nunca antes da televisão fora possível.
Está secretando os anticorpos à violência e as atitudes necessárias à sua sobrevivência. Está consciente de que a ameaça é conjuntural. De que ou o homem se entende e redescobre o Direito estabelecendo seu primado, ou se aniquila no macro do mundo ou no micro de cada comunidade. E as crianças? Elas estão assistindo a tudo isso. Elas, por definição, são mais saudáveis, mais instintivas, mais purificadas. Ninguém vai lhes contar histórias sobre as guerras: elas as acompanham. Sobre os atentados brutais: elas os vêem. E no segredo de sua psique, ainda plena dos instintos vitais, seguramente elaboram os mecanismos de defesa necessários à preservação da vida. É analisando estes assuntos que me recordo de uma tese estranha, mas digna de reflexão, de um amigo meu, médico, homem de idade, sabedoria e
ciência.
Diz ele que nunca como hoje a comunidade pôde conviver tão perto da loucura. Ela entra diariamente através dos noticiários, dos fatos e das imagens, enfim, da comunicação moderna. E acrescenta: só quando o ser humano aceitar conviver com seu lado louco ele começa a se aproximar da cura. Negar a loucura é tão louco como ela. Aceitá-la como dado desse eterno conflito em superação no caminho. Absoluto que é o homem significa poder entrar em relação com a doença e só assim tratá-la, superá-la, dimensioná-la, aproveitar o fluxo de sua energia desordenada para a tarefa de reconstrução humana.
Desnecessário dizer que ele é psiquiatra. Como necessário é concluir o artigo dizendo: concordando ou não, sua tese merece reflexão.
E perguntando com pavor: será mesmo necessário pagar um preço existencial para se ter esperança? Que ela venha com as crianças deste país que sei (por intuição) serão os pontais de uma civilização espiritualizada que há de emergir (já está começando) das cinzas da violência, se possível antes da generalização desta como única forma de resolver os conflitos e as diferenças entre os homens. Eros e Tanatos, sempre. Mas o amor é maior que o ódio. (Revista AMIGA, março de 1978)

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
1a QUESTÃO - Releia com atenção o primeiro parágrafo.
A idéia contida nele pode ser expressa também da seguinte forma:
A. ( ) segundo a opinião geral, a televisão, entre os meios de
comunicação, é a grande responsável pela divulgação e
estímulo à violência.
B. ( ) os meios de comunicação em geral, mais que a televisão,
prejudicam a sociedade, informando e expandindo a violência.
C. ( ) para o autor, entre os meios de comunicação, a televisão é o que
prejudica a educação das crianças nas escolas primárias.
D. ( ) segundo a opinião do autor, a televisão é muito negativa na
educação das crianças e dos adolescentes em geral.

PROVA DO CONCURSO AO CFO PM - 2005 FL. 3/23
2a QUESTÃO - A violência também está aí mesmo.
Com o advérbio aí, o autor está se referindo:
A. ( ) à cidade de São Paulo.
B. ( ) ao Brasil.
C. ( ) a todos os lugares.
D. ( ) às guerras atuais.

3a QUESTÃO - A guerra do Vietnã é citada no texto para:
A. ( ) confirmar a opinião do autor de que a televisão tem também
seu aspecto positivo: oposição à violência.
B. ( ) contrapor a opinião do autor de que a televisão tem também seu
aspecto negativo: divulgação da violência.
C. ( ) mostra que, de fato, a televisão promove a violência,
incentivando-a.
D. ( ) exemplificar um caso de violência transmitido pela televisão.

4a QUESTÃO - Assinale a afirmativa INCORRETA em relação ao texto:
A. ( ) na opinião do autor a televisão não tem culpa da existência da
violência, pois ela apenas a transmite.
B. ( ) pela sua falta de experiência, somente as crianças são vítimas da
divulgação da violência pela televisão.
C. ( ) o título da crônica indica o começo da violência no mundo
com o aparecimento da televisão.
D. ( ) a tese do amigo psiquiatra encontra aspectos positivos na loucura
atual .

PROVA DE LITERATURA BRASILEIRA SOBRE O LIVRO "EM LIBERDADE"
5a QUESTÃO - É verdadeiro a respeito do livro Em liberdade:
A. ( ) o romance relata a vida de Graciliano Ramos durante sua prisão
na Ilha das Cobras.
B. ( ) o romance retrata o sofrimento de Graciliano Ramos provocado
por uma doença contraída na cadeia.
C. ( ) é uma biografia do escritor Silviano Santiago sobre a vida de
Graciliano Ramos na Casa de Detenção.
D. ( ) o romance é uma obra autobiográfica em que Graciliano
Ramos retrata os dias após sua libertação.

PROVA DO CONCURSO AO CFO PM - 2005 FL. 4/23
6a QUESTÃO - Todos os trechos são repletos de ironia em relação à
política e sociedade da época, EXCETO:
A. ( ) Fui considerado um “ladrão” pelos mandões, e por isso me
trancafiaram ao lado de outros ladrões.
B. ( ) Heloísa, os segredos não exalam odores; os segredos são
narinas que se revelam ao capricho dos odores.
C. ( ) A saída do intelectual no Brasil é a de ser funcionário público,
vivendo a realidade em duas metades, só podendo enxergar a
verdade se fechar um olho.
D. ( ) Qualquer oposição ficará dentro das cadeias ou do lado de fora
do governo. As duas alternativas são antipáticas e suicidas.

7a QUESTÃO - Leia com atenção a estrofe citada na segunda parte do diário:
Vive outra vez das cinzas da ruína
Ressuscita, ó Salício; dita; escreve:
Seja o epitáfio teu: a cifra breve
Mostrará no discreto, e no polido,
Que é Salício, o que aqui vive escondido. (Cláudio Manuel da Costa)

A que momento de sua vida Graciliano se refere?
A. ( ) Ao momento em que Heloísa vai a Maceió resolver a venda da casa, não retornando mais.
B. ( ) Quando ele sai da Ilha das Cobras e é enviado para a Vila de
Parati, de onde sairia livre pelas mãos de Heloísa e José Lins do Rêgo.
C. ( ) À fase triste que passou nos dias que antecederam seu retorno a Maceió, sozinho na pensão do Catete.
D. ( ) À mudança para a pensão, pois estava se sentindo mal na casa de José Lins do Rêgo.

GRAMÁTICA
8a QUESTÃO - Assinale a alternativa em que a vírgula foi utilizada de forma INCORRETA: - ANULADA -
A. ( ) Eu quero carinho, amor, atenção.
B. ( ) Nós vamos ao circo; vocês, ao cinema.
C. ( ) Ela não perdeu os livros, nem o relógio.
D. ( ) Se não chover, ela irá passear.

PROVA DO CONCURSO AO CFO PM - 2005 FL. 5/23
9a QUESTÃO - A regência nominal estuda os casos de nomes
(substantivos, adjetivos e advérbios) que exigem uma outra palavra para
completar-lhes o sentido. Assinale a única alternativa que NÃO admite as
duas regências:
A. ( ) O amor é preferível ao/que o ódio.
B. ( ) O povo português tem grande devoção a/por Santo Antônio de
Pádua.
C. ( ) Lula é contemporâneo a/de Ulisses.
D. ( ) Ele andava alheio a/de tudo.

10a QUESTÃO - Nas alternativas abaixo, empregou-se o hífen
corretamente em:
A. ( ) extra-ordinário.
B. ( ) bem-estar.
C. ( ) anti-comunista.
D. ( ) infra-vermelho.

11a QUESTÃO - Assinale a única alternativa em que há erro de
acentuação gráfica.
A. ( ) Oblíqua.
B. ( ) Enjôo.
C. ( ) Alcoólatra.
D. ( ) Invês.

12a QUESTÃO - O Pronome Indefinido é aquele que, como os
interrogativos, apresentam-se na 3ª pessoa do discurso. Assinale a única
alternativa em que o citado pronome indefinido aparece.
A. ( ) Algo o incomoda?
B. ( ) Posso saber o motivo por que desistiu?
C. ( ) Os planetas são súditos cujo rei é o Sol.
D. ( ) Qual será?

13a QUESTÃO - Aponte a oração, cuja construção contraria a norma culta
da Língua Portuguesa:
A. ( ) Ela não me pode ajudar.
B. ( ) Calei para contrariá-lo.
C. ( ) Não achando-o em casa, voltei.
D. ( ) Calei para não o contrariar.

PROVA DO CONCURSO AO CFO PM - 2005 FL. 6/23
14a QUESTÃO - A crase designa, em gramática normativa, a contração da
preposição a com o artigo a ou as; o pronome demonstrativo a ou as,
também com o a inicial dos pronomes aquele(s), aquela(s) e aquilo. Nos
trechos citados abaixo, o emprego da crase se deu de forma INCORRETA
em:
A. ( ) “O Papa levou um tiro à queima-roupa”.
B. ( ) A questão salarial será resolvida à nível federal.
C. ( ) O ônibus passa à porta de casa.
D. ( ) Encontrará a resposta à folha 15, do livro.

15a QUESTÃO - Assinale a alternativa em que a classificação das orações destacadas está INCORRETA:
A. ( ) Aditiva – Joana não voltou para casa, nem mandou recado.
B. ( ) Adversativa – Ela era muito bela, contudo não tinha amigos.
C. ( ) Explicativa – Esta escada é fraca, portanto tome cuidado.
D. ( ) Conclusiva – A jornada é muito longa, por isso vamos caminhar
rápido














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