segunda-feira, 4 de agosto de 2014

3º ano - Morfossintaxe para o ENEM - lembra?

ESCOLA ESTADUAL PRESIDENTE TANCREDO DE ALMEIDA NEVES


Apostila para estudo / leitura do contexto e introdução, para em seguida resolver as atividades usando aula expositiva e quadro negro.

 

MORFOSSINTAXE


A ESCOLHA  E  A  COMBINAÇÃO  DAS   PALAVRAS


            Como você já viu em séries anteriores, as palavras de nossa língua são divididas em classes de palavras (também chamadas de classes gramaticais), conforme suas utilidades ou características específicas (nomear seres, indicar sua quantidade, expressar uma ação etc.). São classificadas, portanto, em substantivos, adjetivos, pronomes, verbos, advérbios...
            Ao utilizarmos a língua falada ou escrita, selecionamos as palavras, ou seja, escolhemos entre as classes de palavras existentes aquelas que são mais adequadas ao que desejamos comunicar. Podemos combinar as palavras  de acordo com a função que queremos dar a cada uma delas.
            No decorrer, vamos estudar as funções que uma palavra ou termo pode exercer em uma oração e também entre as orações e parágrafos de um texto.
            Quando analisamos a que classe  gramatical  pertencem as palavras de determinada frase, estamos realizando sua  análise morfológica. A morfologia é a parte da gramática que estuda a classificação, estrutura, formação e flexão das palavras, observando-as isoladamente.
            Quando dividimos uma oração em partes para estudar as diferentes funções que as palavras podem desempenhar na oração e entre as orações de um texto, estamos realizando uma análise sintática. A parte da gramática que estuda as reações e combinações existentes entre as palavras de um enunciado recebe o nome de sintaxe.

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REVISÃO DE CLASSES DE PALAVRAS


Artigo              (acompanha o substantivo): o, os, as, um, uma, uns, umas.

Substantivo     (nome): vovô, colégio, conselho, juventude, etc.
Adjetivo           (característica, estado, qualidades e defeitos de um nome): bom, bonita, alegre, leal, desleal, franca, mentirosa, etc.
Pronome         (acompanha ou substitui um nome): ele, nós, essa, aquilo, vários, outros, quem, qual, algum, etc.
Verbo              (ação, estado, fenômenos da natureza): dialogar, ser, estar, chover, gear, estudar, amanhecer, etc.
Numeral           (quantidade, ordem, fração, multiplicação): três, terceiro, meio, dobro, etc.
Preposição      (ligação entre as palavras): a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, perante, sem, sobre, sob, etc.
Advérbio          (circunstâncias): sim, não, francamente, muito, bem, ali, lá, etc.
Conjunção       (ligação entre as orações): e, mas, porém, porque, portanto, pois, que, etc.
Interjeição       (emoção, sentimento): Oba! Ah! Oh! Viva! Puxa!


  1)   Junte as orações numa só frase, usando a conjunção coordenativa indicada entre parênteses.

a)      Ele merecia um castigo. Os pais resolveram perdoá-lo. (entretanto)

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b)      As crianças brincavam na areia. Corriam para o mar. (ora)

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c)      Nosso time se esforçou. Não conseguiu vencer. (no entanto)

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d)     Pegue um agasalho. Está começando a esfriar. (que)

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e)      A festa estava ótima. Tivemos de voltar cedo. (todavia)

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   2)  Classifique as conjunções coordenativas, usando o código:

(a)    aditiva
(b)   adversativa
(c)    conclusiva
(d)   alternativa
(e)    explicativa

(    ) Ele não veio à aula nem me avisou.
(    ) No intervalo, as pessoas trocam ideias ou discutem outros temas.
(    ) Tentei informá-lo da grande tempestade, mas os telefones estavam fora de área.
(    ) Vocês são colegas, logo devem ajudar uns aos outros.
(    ) Aqueles livros não só ensinam como também divertem as crianças.

Gramática - Conjunção

As palavras inflexivas que ligam duas partes da oração ou ligam entre si orações ou proposições chamam-se, em gramática, conjunções:
O boi e o cavalo são quadrúpedes.
Sairei, se não chover.
Quero que me emprestes o teu carro.
Tens de obedecer, quer queiras, quer não queiras.
O castanheiro e o feijoeiro são plantas, mas o caule do castanheiro é erecto, grosso e lenhoso, e o do feijoeiro é volúvel, fino e herbáceo.
Nestas frases, as partículas e, se ligam duas partes da oração ou proposição, e as partículas que, quer e mas ligam entre si orações ou proposições.
As conjunções dizem-se simples, se constam de um só vocábulo, e compostas ou locuções conjuntivas, se constam de um grupo de palavras a que se atribui o valor de uma conjunção:
Ex.: como se, a fim de que, tanto que, de maneira que, contanto que.
Alguns advérbios simples, bem como algumas formas compostas de origem morfológica diferente, podem ser empregados como conjunções:
Ex.: como, nem, apenas, mal, quer... quer, ora... ora, depois que, posto que.
Conforme a função que exercem, assim as conjunções se dividem em coordenativas e subordinativas. As primeiras ligam palavras que desempenham a mesma função em orações ou proposições que ficam, apesar disso, independentes, isto é, formando cada uma sentido completo:
O Mário e o João foram passear.
Os dois amigos seguiam juntos, mas, numa bifurcação do caminho, separaram-se.
O Paulo e o Frederico seguiam pela estrada muito satisfeitos; porém surgiu-lhes um automóvel que os ia atropelando.
Não posso andar depressa, portanto não irei contigo.
As segundas, isto é, as subordinativas, ligam as orações ou proposições que ficam dependentes uma da outra e inseparáveis, porque só pela mútua união é que formam sentido completo:
Espero por ti contanto que não demores.
Não espero por ti, porque te vais demorar.
Empresto-te este livro, se desejas lê-lo.
As conjunções coordenativas subdividem-se em copulativas, disjuntivas, adversativas e conclusivas.
1.º As conjunções copulativas servem apenas para ligar palavras e orações:
e, nem, não só... mas também.
2.º As conjunções disjuntivas exprimem exclusão ou alternativa:
ou, quer... quer, ora... ora, seja... seja, quando... quando, já... já.
3.º As conjunções adversativas indicam oposição ou restrição de sentido nas expressões:
mas, porém, todavia, contudo.
4.º As conjunções conclusivas exprimem uma conclusão tirada da oração anterior:
logo, portanto, pois, por conseguinte.

As conjunções subordinativas subdividem-se em: condicionais, causais, temporais, concessivas, 
consecutivas, finais, comparativas e integrantes.

1.º As conjunções condicionais indicam uma condição, sem a qual a ação expressa não poderá realizar-se:
se, conquanto que, a não ser que, no caso que, a menos que, sem que, salvo se, dado que, desde que.
2.º As conjunções causais indicam uma causa, uma razão, ou um motivo:
que, porque, como, porquanto, visto que, pois que, visto como, por isso que.
3.º As conjunções temporais indicam circunstâncias de tempo:
quando, antes que, logo que, desde que, até que, enquanto, enquanto que, entretanto, primeiro que, depois que, sempre que, tanto que, sem que, apenas, mal.
4.º As conjunções concessivas exprimem uma razão que se concede:
conquanto, embora, ainda que, posto que, se bem que, apesar de que, mesmo que.
5.º As conjunções consecutivas indicam a consequência:
que, de maneira que, de tal sorte que, de tal modo que, sem que.
6.º As conjunções finais indicam o fim com que ou para que uma ação se realiza ou deixa de realizar-se:
que, a fim de que, porque, para que.
7.º As conjunções comparativas estabelecem comparação:
como, assim como, bem como, conforme, segundo, consoante.
8.º As conjunções integrantes começam orações que integram o sentido da oração anterior:

como, que, se.

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