segunda-feira, 21 de julho de 2014

Memórias

Sou professor de educação básica efetivo em dois cargos no estado de MG (PEB e EEB), tenho formação em pedagogia, letras/português/inglês, pós-graduado em gestão pedagógica, orientação, coordenação, supervisão e inspeção. Supervisão e Inspeção por duas vezes. Tenho pós-graduação ainda em psicopedagogia clínica e institucional. Conto com 12 anos de experiência ao todo.

Sempre gostei muito de estudar e descobrir coisas novas, para enriquecer minhas aulas de Língua Portuguesa e melhorar a supervisão do trabalho pedagógico na escola em que eu trabalho com meus professores. Venho de uma família humilde, devido à dificuldade financeira da família, perdi alguns anos de estudos durante a educação básica e terminei o Ensino Médio um pouco depois de meus colegas.

Mas isso não foi de todo negativo, pois quando terminei, aos 25 anos, em 1999, já sabia muito bem o que queria, “queria ser professor e realizei este sonho”.  Como eu já afirmei em momentos anteriores, os meus contatos com os recursos tecnológicos começaram um pouco tarde, pois não tínhamos muitas condições para isso.

O primeiro aparelho de TV que tivemos em casa não tinha muitos recursos, mas era suficiente. Como disse, o rádio à pilha também era muito útil; sendo assim, mesmo de forma  rudimentar e com poucos aparelhos em casa, não estávamos excluídos desse imenso mundo tecnológico que hoje se alargou e todos os dias nos  surpreende  com suas tantas inovações.

Esse gigantesco avanço da tecnologia, durante muito tempo nos deixou presos entre o “certo e o errado”, inclusive nas escolas na hora de ensinar. Houve muito questionamento acerca de métodos inovadores e tradicionais, alguns até considerados como mero passatempo, por muitos educadores. A escola ficou meio perdida nesse processo entre ensinar ou não com métodos diferentes. A evolução continuou e agora, querendo ou não, todos têm que aderir para não ficarem para trás.

 Será que os alunos de ontem são os mesmos de hoje? Não. Hoje a clientela é outra e muito mais avançada. O aluno de 5 anos já tem acesso a variados meios de comunicação e sabe usar muito bem um celular com recursos, como câmera, “touch screnn” e outros.

Desse modo, espera – se que os professores estejam preparados para sair do “trivial” e apresentar algo de novo para essas crianças, jovens e adolescentes, que são o público consumidor dessa tecnologia. Esse é um dos maiores desafios da escola atual, fazer com as aulas sejam mais produtivas e chamem a atenção desses alunos, através do uso de tais equipamentos em suas aulas.

Por isso, Não adianta o professor possuir muitos diplomas, conhecimento, se não aderir a essa nova forma de gerir a sala de aula, abrindo espaços ao questionamento e saindo do lugar de dono do saber e passando a mediador do conhecimento. É o que se espera da nova postura do professor em sala de aula, que ensina ao mesmo tempo em que aprende, com essa clientela, “que tem a tecnologia na ponta da língua”.

O quadro e o giz não são capazes mais de sozinhos, formarem cidadãos prontos para o mercado de trabalho, um mercado tão exigente, mutante e transformado, em que as descobertas tecnológicas ditam as regras. É preciso constante capacitação para essas novas formas de pensar, ensinar e aprender. O currículo já exige formação tecnológica na educação básica.

A tecnologia de informação hoje é componente curricular de grande importância como área de empregabilidade no ensino médio, oferecendo aos jovens, algo mais do aulas com livros didáticos, quadro e giz, os quais não satisfazem mais essa clientela. É preciso usar mais criatividade e mais recursos disponíveis na escola, como:  sala de informática, celulares, câmeras filmadoras, etc.

Falemos mais um pouco mais sobre o curso da UFJF, Tecnologia de Informação e Comunicação no Ensino Básico, que tem sido de grande valor em minha vida profissional e no meu currículo. Creio que também na dos outros participantes, percebemos isso através dos encontros presenciais. Eu tenho usado tudo que aprendo neste curso em minhas aulas e meus alunos estão correspondendo muito bem.

                                                                                                       Marcelo Sabino Pires.



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